Kumbhaka bandha pranayama
Pedro Kupfer (1966-), do yoga.pro.br (1)
A palavra kumbha ou kumbhaka significa cântaro. Kumbhaka bandha é a respiração completa, com ritmo e contrações. É um dos exercícios mais importantes do Yoga, tendo uma forte atuação nos órgãos internos, glândulas endócrinas e plexos nervosos.
O mais importante desta técnica, porém, não está em seu efeito fisiológico, senão no plano sutil, no estímulo produzido no corpo energético. Proporciona o bhuta shuddhi, a purificação dos elementos corporais, considerada condição sine qua non para o despertar da kundalini.
Sentado em atitude receptiva, mantenha a coluna vertebral ereta, visualizando-a como se fosse uma quantidade de moedas empilhadas cuidadosamente umas sobre as outras.
Deixe as mãos em jñana mudra, unindo os polegares e indicadores.
Elimine o ar e inspire de forma profunda e completa. Ao concluir essa inalação feche a glote e incline a cabeça para trás. Retenha o ar nos pulmões e faça jiva bandha, pressionando a ponta da língua contra o céu da boca, no palato mole. Neste ponto, também poderá fazer mula bandha ou ashvini mudra, contrações dos esfíncteres, ritmadas ou não. O tempo de retenção deverá ser o dobro ou o quádruplo do da inspiração, conforme o ritmo que você tiver escolhido.
Ao exalar coloque lentamente a cabeça na sua posição natural. O rechaka é feito no dobro do tempo do puraka. Completando a expiração, faça o bandha traya, a contração tríplice. Comprima o queixo na depressão jugular e pressione firmemente a glote em jalandhara bandha. Juntamente faça uddiyana bandha, a contração dos músculos e plexos abdominais. A seguir, mula bandha, contraindo fortemente os esfíncteres do ânus e da uretra. A duração do shunyaka associada a esses bandhas é livre. O ritmo do exercício é 1:2:1:0 ou 1:2:2:0 para os iniciantes e 1:4:2:* ou 1:4:2:0 para praticantes experientes. Se quiser, poderá concentrar-se na repetição mental do bija mantra Om.
Efeitos: Exercita todos os músculos e articulações do aparelho respiratório, aumentando a elasticidade da caixa torácica, eliminando tensões musculares e aumentando a capacidade vital do praticante. Estimula o funcionamento do sistema endócrino e do sistema nervoso, melhora a digestão e a excreção e otimiza a oxigenação do sangue. Há ainda o estímulo produzido pela contração tríplice, bandha traya, que é fortíssimo, tanto fisiológica quanto energeticamente. Dentre os efeitos sutis destacamos a estabilização dos pensamentos, a eliminação das instabilidade da consciência (chittavrtti), a sensação de receptividade, alegria e expansão da própria consciência.
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O mais importante desta técnica, porém, não está em seu efeito fisiológico, senão no plano sutil, no estímulo produzido no corpo energético. Proporciona o bhuta shuddhi, a purificação dos elementos corporais, considerada condição sine qua non para o despertar da kundalini.
Sentado em atitude receptiva, mantenha a coluna vertebral ereta, visualizando-a como se fosse uma quantidade de moedas empilhadas cuidadosamente umas sobre as outras.
Deixe as mãos em jñana mudra, unindo os polegares e indicadores.
Elimine o ar e inspire de forma profunda e completa. Ao concluir essa inalação feche a glote e incline a cabeça para trás. Retenha o ar nos pulmões e faça jiva bandha, pressionando a ponta da língua contra o céu da boca, no palato mole. Neste ponto, também poderá fazer mula bandha ou ashvini mudra, contrações dos esfíncteres, ritmadas ou não. O tempo de retenção deverá ser o dobro ou o quádruplo do da inspiração, conforme o ritmo que você tiver escolhido.
Ao exalar coloque lentamente a cabeça na sua posição natural. O rechaka é feito no dobro do tempo do puraka. Completando a expiração, faça o bandha traya, a contração tríplice. Comprima o queixo na depressão jugular e pressione firmemente a glote em jalandhara bandha. Juntamente faça uddiyana bandha, a contração dos músculos e plexos abdominais. A seguir, mula bandha, contraindo fortemente os esfíncteres do ânus e da uretra. A duração do shunyaka associada a esses bandhas é livre. O ritmo do exercício é 1:2:1:0 ou 1:2:2:0 para os iniciantes e 1:4:2:* ou 1:4:2:0 para praticantes experientes. Se quiser, poderá concentrar-se na repetição mental do bija mantra Om.
Efeitos: Exercita todos os músculos e articulações do aparelho respiratório, aumentando a elasticidade da caixa torácica, eliminando tensões musculares e aumentando a capacidade vital do praticante. Estimula o funcionamento do sistema endócrino e do sistema nervoso, melhora a digestão e a excreção e otimiza a oxigenação do sangue. Há ainda o estímulo produzido pela contração tríplice, bandha traya, que é fortíssimo, tanto fisiológica quanto energeticamente. Dentre os efeitos sutis destacamos a estabilização dos pensamentos, a eliminação das instabilidade da consciência (chittavrtti), a sensação de receptividade, alegria e expansão da própria consciência.
O texto acima pode usar-se como modelo de elocução. Você estuda a técnica e grava a sua própria voz, lendo pausadamente. Outra opção é fazer pequenos grupos de meditação com seus amigos, onde cada um pode usar os textos como orientação para conduzir a prática para os outros. Se você for Instrutor de Yoga, poderá igualmente usar essa prática nas suas aulas, tomando o cuidado de escolher a técnica mais adequada para cada pessoa ou grupo.
- Texto extraído das páginas 61 a 63 da 2ª edição, de maio de 2000, do livro Guia de Meditação (1997), de Pedro Kupfer (1966-), e também publicado em 31 de julho de 2000 em yoga.pro.br, o site do Pedro [↩]
Agradeço a Deus por este momento. Ainda preciso de mais tempo para me instruir mais e poder emitir qualquer comentário. Que Deus abençoe a todos. Namaste!
Muitíssimo grato por essas tuas palavras, Cristina! Que Deus abençoe a você também! Namaste! 😀